ELETROSUL

ELETROSUL

A Eletrosul Centrais Elétricas S.A, visando contribuir para o desenvolvimento sustentável, está engajada no programa SC + Energia. A Empresa ocupa posição de vanguarda na pesquisa e utilização de fontes alternativas de energia – tanto que sua Sede, em Florianópolis (SC), possui um complexo de geração fotovoltaica de 1MW instalado.

A mais recente meta da Eletrosul nesse segmento é prospectar investimentos em usinas solares (não apenas fotovoltaicas, mas também em termosolares). A empresa já instalou estações solarimétricas para iniciar estudos de viabilidade técnica e financeira junto a alguns de seus empreendimentos (duas no Rio Grande do Sul, três em Mato Grosso do Sul e duas em Santa Catarina, uma operando e outra em fase de implantação). Além disso, a Eletrosul lançou Chamada Pública para desenvolvimento de P&D visando a construção de uma planta completa de geração de energia solar fotovoltaica, com potência de 1MW, a ser instalada sobre o reservatório da UHE Passo São João. 

A Eletrosul também se destaca na geração de energia eólica no País. No Rio Grande do Sul, possui dois complexos eólicos: Campos Neutrais (o maior da América Latina), entre os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, e Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento. Em Santa Catarina, que apresenta um potencial eólico considerável, a Eletrosul está desenvolvendo estudos para identificar as regiões mais favoráveis à implantação de parques eólicos. Para isso, ainda em 2016, instalará estações anemométricas em locais estratégicos. 

Projeto de Biogás – sempre buscando alternativas renováveis, a Eletrosul idealizou um projeto de pesquisa para geração de energia elétrica, conectada à rede, a partir do biogás oriundo de dejetos de suínos no município de Itapiranga, oeste de Santa Catarina. O projeto foi desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fundação Certi, Instituto de Tecnologia Aplicada a Inovação (ITAI), Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa).

Esse projeto contempla a produção e canalização de biogás de 13 propriedades rurais utilizando matéria-prima proveniente de dejetos suínos e tecnologias disponíveis para o sistema de canalização, filtragem e armazenamento do biogás (gasômetro). A canalização concentrará o biogás em uma planta piloto de geração de energia elétrica, com cerca de 350 kW de potência instalada, que será conectada à rede de distribuição conforme Resolução 482/2012, da ANEEL.

Das análises realizadas desde a concepção do projeto até a definição das tecnologias alternativas para os biodigestores, do sistema de canalização de biogás, de armazenamento, filtragem e uso mais adequado do biofertilizante (digestato do biodigestor), constatou-se que o trabalho trará inúmeros benefícios socioeconômicos, além de colocar o Estado de Santa Catarina em posição avançada quanto à aplicabilidade de projetos de biogás. Para as 13 propriedades envolvidas no projeto, a produção própria pode reduzir o custo da energia necessária na propriedade e ainda injetar energia no sistema de distribuição.

Os componentes do meio biótico e físico não sofrerão impactos, pois a tubulação do biogás será instalada em valas existentes na faixa de domínio de estradas municipais. A Micro Central Termelétrica está projetada para ser instalada em local totalmente antropizado, sem cobertura vegetal. A contribuição socioambiental e econômica do projeto também passa pelo viés da utilização do biogás para geração de energia em motores de combustão, evitando que o gás metano seja emitido, mitigando o efeito estufa. Também deve ser considerado que o tratamento dos dejetos suínos evita a contaminação do solo, das águas, do lençol freático, dos aqüíferos e sua permanência em aterros. 

A crescente preocupação com as possíveis consequências do uso cada vez mais intenso dos recursos naturais reforçam o interesse do governo e demais segmentos da sociedade em investir em fontes renováveis de energia. Entre as alternativas de energia renovável, as tecnologias para o aproveitamento da energia de biomassa através da digestão anaeróbica dos resíduos da suinocultura vem sendo muito utilizada para contribuir como prevenção da poluição ambiental.

A tecnologia do biogás tem sido reconhecida como uma forma limpa de produzir energia elétrica, oferecendo inúmeros benefícios para a sociedade. Possui elevada disponibilidade, principalmente no estado de Santa Catarina, onde possui fonte abundante. A Resolução nº 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL permite que o consumidor injete energia no sistema de distribuição, podendo compensar o custo da energia consumida, o que aponta para um arranjo comercial viável.

O Brasil é o quarto produtor mundial de carne suína, com um rebanho estimado em torno de 40 milhões de cabeças/ano. Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os maiores produtores, com cerca de dez milhões de cabeças/ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – (IBGE). Nessa perspectiva, o Brasil tem um amplo campo de pesquisa, especialmente em Santa Catarina.